A DESCOBERTA DE UMA NOVA CONFIGURAÇÃO SOCIAL: TERCEIRA IDADE
CURSO: Pós Graduação
PROFESSOR: José Roberto Loyola
ALUNA: Iranete Aparecida Cruvinel
A REDESCOBERTA DE UMA NOVA CONFIGURAÇÃO SOCIAL: TERCEIRA IDADE
A REDESCOBERTA DE UMA NOVA CONMFIGURAÇÃO SOCIAL: TERCEIRA IDADE
Iranete Aparecida Cruvinel [1]
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo discorrer sobre a responsabilidade social da igreja no cuidado com as pessoas com idade avançada, bem como mostrar se este papel está sendo, de fato, cumprido. Para isto, o levantamento bibliográfico trouxe a compreensão da realidade de hoje quanto a esse novo segmento: A redescoberta de uma nova configuração social: Terceira idade, pois tem mostrado de grande relevância no meio acadêmico, uma vez que se observa que a velhice trás consigo vários desafios: Para o individuo, para a família, igreja e sociedade. No desenvolvimento da pesquisa, ressaltou-se a questão da responsabilidade social que foca o dever da igreja para com a comunidade da terceira idade e também foi citada a importância da integração dos idosos na igreja e o incentivo em desenvolver do relacionamento para com a família e a comunidade cristã. Estes levantamentos apresentaram embasamento para a pesquisa bibliográfica que traz à tona a realidade dessas pessoas na igreja. Através desta investigação, levantam-se novas discussões em busca de melhorias nas igrejas voltadas para a inclusão de pessoas com idade avançada, tal fenômeno acrescenta ganhos para ambas as parte.
Palavras Chaves: Idosos, Igreja, Sociedade, Inclusão Social.
1 Introdução
Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no individuo. Tais alterações são naturais e gradativas. É importante salientar que estas transformações são gerais, podendo se verificar em idade mais precoce ou mais avançada e, em maior ou menor grau, de acordo com as características genéticas de cada indivíduo.
O termo “terceira idade” foi criado pelo gerontologista Frances Huet e surgiu para expressar novos padrões de comportamento de uma geração que se apresenta e envelhece ativamente . A importância dada a cerca dos idosos pode ser detectada ao longo das escrituras, tanto no antigo quanto no novo testamento, onde eram juízes conselheiros e líderes e seus anos eram reconhecidos com sabedoria. Aos idosos, hoje, dentro das nossas igrejas são legados a segundo plano e são tratados como incapazes.
Pesquisas são envidadas no sentido de encontrarem formas nas quais as pessoas com idades mais avançadas possam viver bem na sociedade e na própria comunidade, de tal forma que possam se sentir úteis e produtivos. Esta pesquisa, por exemplo, vem corroborar no sentido de mostrar como a igreja permanece na obscuridade quanto à terceira idade, já que outras instâncias já estão ampliando suas visões quanto a esse segmento. A partir daí é também de interesse saber o que deve ser mudado no contexto eclesiástico, para acolher o idoso.
A hipótese levantada foi de que o reingresso do idoso no mercado de trabalho e os desafios para a igreja na contribuição para a inclusão da terceira idade.
Este trabalho, portanto, visou estudar os aspectos das pessoas na terceira idade no contexto eclesiástico para melhor entendimento da forma que eles possam contribuir dentro da comunidade cristã. Buscou também observar os aspectos dos outros setores voltados para a terceira idade, além de apresentar possibilidades de envelhecer com dignidade.
O tema central visa oferecer subsídios para que o idoso desenvolva, durante o processo de envelhecimento, um olhar que permita a adoção de novas posturas e a ressignificação da vida, dedicando-se a uma construção de uma existência mais gratificante.
Segundo o Dr. João Roberto de Azevedo[2] a terceira Idade pode também ser chamada de senescência ou velhice. As definições da terceira idade não são consistentes tanto no ponto de vista biológico quanto do ponto de vista demográfico (condições de mortalidade e morbidez) do emprego e da aposentadoria e também do ponto de vista sociológico.
Não há unanimidade dentro de todos os setores da sociedade no que se considera velhice. A discrepância sobre o que se pode considerar terceira idade varia de um povo para o outro. A geriatria considera a terceira idade quando o homem perde o equilíbrio entre três dimensões: 1) é o desequilíbrio lógico, ou seja, quando se perde o raciocínio do pensamento correto, pois o pensamento é a manifestação do conhecimento; 2) psicológico quer dizer perda do equilíbrio mental e emocional, e; 3) social, são a sua exclusão na sociedade. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera idoso quem alcançou 60 anos, nos países emergentes, em desenvolvimento e nos países desenvolvidos a partir de 65 anos.
O site oficial do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE), afirma que o número de idosos no planeta jamais foi tão grande em toda a história. A maioria deles está concentrada no continente europeu. Em 1995, já eram 578 milhões. No Brasil concentra-se um número alarmante, a participação de idoso na população brasileira aumentou significativamente entre 1995 e 2009. O número de idoso passou de 14,8 milhões, em 1989, para 21 milhões em 2009. Assim, é esperado um grande crescimento neste segmento.
A nomenclatura “terceira idade” é compreendido como fruto crescente de um público que durante muito tempo era considerado como próprio da esfera privada e familiar, e surge para expressar novos padrões de comportamentos de uma geração que apresenta e envelhece ativamente. Por muito tempo esse fenômeno, isto é a terceira idade, se restringia aos jovens que eram considerados grupo de maior crescimento.
Contudo, o que muda com o aumento da população mais velha, considerando que o número de idosos será maior do que os de jovens pela primeira vez na história da humanidade, é que somente na China, em 2050, estarão vivendo os números de idosos acima de 65 anos equivalentes aos que vivem hoje em todo mundo. Esse crescimento dará bônus às sociedades mais bem sucedidas, cujas convicções religiosas e culturais conseguirem conceber a velhice de maneira criativa (SCHIRRMACHER, 2005, p.10).
Pesquisas recentes sobre a velhice exigem uma nova construção, uma revisão das concepções a respeito desse novo segmento que cresce continuamente, e em dado momento será a classe predominante.
São três as condições inter-relacionadas que podem ser consideradas nessa nova configuração, quais sejam: a primeira delas tem a ver com o fato de que aposentados não podem ser considerados o setor mais desprivilegiado da sociedade, quer nos países de capitalismo avançado, quer em países como o Brasil, por exemplo. A segunda condição está relacionada pelo modo no qual as concepções sobre o corpo e a saúde são reelaboradas nas sociedades ocidentais contemporânea. Essa cultura que impulsiona os indivíduos a se responsabilizarem pelo seu próprio corpo e consequentemente sua saúde, transformou as indústrias da moda dos cosméticos e o turismo, sem nos esquecermos da área da gastronomia. Voltando a atenção da mídia para esse setor, que hoje é visto como “privilegiados” dada á condição de liberdade que lhes é peculiar. Essas mudanças no curso da vida adulta indicam transformações na maneira de como a vida e priorizada. A terceira condição tem haver com a mudança no sistema produtivo.
A aposentadoria deixou de ser um marco da passagem para a velhice. A esse respeito disse (SCHIRRMACHER, 2005, A revolução dos idosos,p.62). “o fato de que as pessoas idosas podem colaborar de modo muito ativo, e eficaz e produtivo nos ramos da economia, parecia afinal absurdo, em vista da experiência de aposentadorias de gerações inteiras”. A redescoberta da terceira idade tem alcançado vários setores dos quais alguns merecem destaques.
2 Revolução dos idosos no contexto social
As argumentações apresentadas no capitulo anterior, concernentes a redescoberta de uma nova configuração social não se restringe somente à economia, mas vão além, visto que as modificações afetam toda uma sociedade exigindo grandes modificações da mesma. A tecnologia avança, os meios de comunicação bombardeiam diariamente com fatos e dados novos, o tempo se restringe e as condições econômicas são mais difíceis, principalmente à medida que as pessoas vivem mais. Isso tudo exige uma capacidade de adaptação, que o idoso nem sempre possui, fazendo com que essas pessoas enfrentem diversos problemas sociais. Na sociedade ocidental e capitalista, qualquer valoração fundamenta-se na ideia básica de produtividade, inerente ao próprio capitalismo.
O modelo capitalista fez com que a velhice passasse a ocupar um lugar marginalizado na existência humana. Todos os seres vivos são regidos por um determinismo biológico e, sendo assim, o envelhecimento envolve processos que implicam na diminuição gradativa da possibilidade de sobrevivência, acompanhada por alterações regulares na aparência, no comportamento, na experiência e nos papéis sociais. Diante dessa visão, o envelhecimento é entendido como parte integrante e fundamental de cada indivíduo.
É nessa fase, mencionada acima, que emergem experiências e características próprias e peculiares, resultantes da trajetória de vida, na qual umas têm maior dimensão e complexidade que outras, integrando a formação do indivíduo idoso. O papel do idoso na construção de saberes é um fator importante no significado envelhecimento, pois o mesmo depende da forma que a pessoa tenha levado como condições atuais que se encontra.
2.1 A importância do idoso na construção de saberes.
(SCHIRRMACHER, 2005, p.17).aborda que são exatamente as elites que não conseguiram chegar ao topo que são atingidos no coração pelos estereótipos racistas sobre a velhice. A insinuação de que uma pessoa com 60, 65 ou até 75 anos não está mais em condições de desempenhar tarefas físicas ou intelectuais do trabalho cotidiano é uma das discriminações mais traiçoeiras da sociedade.
No Brasil, a sociedade despreza os conhecimentos acumulados dos idosos, os quais são castigados em vários aspectos: primeiro: pela família que os marginaliza nas decisões e reflexos do dia-a-dia, muitas vezes internando-os em instituições apropriadas; segundo: pelo sistema social, que os faz voltar ao trabalho depois de aposentados para complementar o orçamento doméstico.
Estudos demonstram que as atividades de aprendizagem com idoso podem ser influenciadas pelos seguintes fatores: pela educação anterior propicia um núcleo direto e próximo entre a prática e a manutenção da capacidade intelectual, pela velocidade indicando que os idosos se preocupam mais com a exatidão e demoram mais na realização da tarefa. A diminuição da visão e da audição interfere na dimensão de tempo das atividades. Assim, o temor ao fracasso leva o aluno a ter o tempo como inimigo, impedindo que ele realize um trabalho afetivo, pela clareza nas propostas das tarefas, possibilitando mais rapidez e rendimento. Quando as propostas não são claras a produção é menor. Conforme já vimos, o autor demonstra que os idosos do futuro vão desenvolver seus próprios rituais, ideias e prioridade. Serão diferentes dos idosos que conhecemos hoje.
A sociedade industrial teve de compreender que não podia prescindir da natureza. Já a sociedade informatizada não pode prescindir das experiências, da autoconsciência, sabedoria e conhecimento das pessoas idosas.
(SCHIRRMACHER, 2005, p.17).
2.2 A melhor idade: redescoberta de uma nova perspectiva de vida.
A terceira idade pode ser de grande regozijo e uma satisfação inteiramente nova, na área física do casamento, ou será fonte de constantes insatisfações e conflitos, tantas coisas ocorrem emocionalmente e psicologicamente nesse período que o relacionamento sexual é muitas vezes negligenciado, principalmente marido e mulher não compreende a si mesmo. Destacaremos alguns assuntos básicos que confrontam o relacionamento físico de um casal durante a terceira idade.
Durante muito tempo admitiu-se que, com o decorrer dos anos, a vida sexual era praticamente impossível, talvez imoral e inquestionavelmente absurda. A verdade é bem outra: também os que passaram da casa dos 60 anos têm capacidade e direito de desfrutarem de uma vida sexual satisfatória. Fatores de estresse, como tensão, medo, ansiedade, apreensão e desconfiança criam uma divisão interior que produz enfermidades nas mentes e no coração (Evans, 2002, p.59).
Butler[3] aborda que o sexo realmente pode continuar a ser interessante e estimulante após os 40 ou 60 anos. As próprias pessoas de mais idade têm declarado que sim. Afeto, calor e sensualidade não precisam se deteriorar com a idade e, na verdade, podem até mesmo aumentar.
O sexo na idade é o sexo por si mesmo: prazer, libertação de tensão, comunicação, intimidade compartilhada. Amor e sexo podem significar muita coisa para as pessoas de mais idade.
[...] A oportunidade de expressar paixão, afeto, admiração, lealdade e outras emoções positivas. Isso pode acontecer em relações antigas que crescem e se desenvolvem através dos anos em relacionamentos que melhoram na idade madura. A afirmação do corpo e seu funcionamento. O sexo ativo prova para as pessoas de mais idade que seus corpos ainda são capazes de funcionar bem e causarem prazer. Sexualidade é uma das formas pelas quais as pessoas percebem suas identidades.
Os relacionamentos sexuais nessa idade é uma forte percepção de si mesma. As reações positivas manifestadas pelos outros preservam e intensificam a auto-estima.” Nenhum ser humano permanece o mesmo, emocionalmente ou fisicamente, mudamos a cada hora. Uma das primeiras lições que um casal aprende é a mudança do ciclo físico e emocional de cada um” (White, 1991, p.159).
O sexo pode ser um meio excelente de auto-afirmação positiva. Certo homem comentou: “sinto como se tivesse um” milhão de dólares quando faço amor, mesmo que na verdade, tenho que contar os tostões que recebo minha esposa sempre me fez sentir como um grande sucesso na cama, e acredito que faço o mesmo para ela, fomos capazes de aguentar muitas dificuldades por termos conseguido uma grande intimidade.
A crença de que o avanço da idade e o declinar da atividade estejam inexoravelmente ligados, tem sido responsáveis para que não se prestasse atenção suficiente a uma das atividades mais fortemente associadas à qualidade de vida como é a sexualidade. A atividade sexual nos idosos tem sido considerada inapropriada por largos segmentos de nossa sociedade desde a família até a mídia.
Collins (2004, pg. 264) atesta que a capacidade reprodutiva diminui a medida que envelhecemos, mas não é verdade que o desejo e a atividade sexual diminuam. Pessoas mais velhas também precisam de intimidade e contato humano. Ele afirma que experiência sexual agradável é possível para ambos os sexos, mesmo na idade avançada. O autor argumenta que os casais idosos demoram mais tempo para atingir o orgasmo e que a intensidade deste pode ser reduzida, mas para muitas pessoas mais velhas, a atividade sexual e a satisfação aumentam à medida que os anos passam.
3. Obscuridade da terceira idade, por parte da igreja
Após analisar alguns setores da economia e as características na terceira idade abordadas no capítulo anterior, podem-se traçar alguns parâmetros para o entendimento dessa fase da vida, e compreender as dificuldades desse grupo.
A igreja precisa se preparar para integrar esses idosos e apostar no aproveitamento da capacidade dessas pessoas, desenvolvendo um processo a fim de torná-los úteis, o que repercute diretamente em seu bem-estar físico e psicológico e também se mostrar atuante, remanejando atividades que possam ser executadas por eles na intenção de acolhimento. A importância dada na Bíblia acerca dos idosos pode ser detectada ao longo das escrituras, tanto no antigo quanto no novo testamento, onde eram juízes, conselheiros e lideres e seus anos eram reconhecidos como sabedoria. Aos idosos, hoje dentro de nossas igrejas, são tratados como incapazes, em uma sociedade em que a informação é manipulada cada vez mais e o idoso, muitas vezes, não tem condições e possibilidades de acompanhar tais avanços.
4) A velhice no Antigo Testamento
Bingener aborda em seu artigo, como a velhice é tratada no antigo testamento destacando a cultura judaica cristã, na parte ética e religiosa que o povo de Israel incorporou ao seu patrimonio de fé no Deus de Israel.
4.1 A velhice entendida como benção
Tal como outros povos da antiguidade também o judaísmo professa um grande respeito aos ançiões. Segunda a autora a razão desse respeito é que o velho é mediação para o temor que se deve ter ao próprio Deus. Por esse motivo não é de se estranhar que se estabeleceu na cultura do judaísmo o aconselhamento como uma função aos mais velhos. A autora cita o livro de Provérbios 20-29 “a força é o adorno dos jovens, os cabelos brancos são a honra dos mais velhos” .
A visão da autora continua se desenvolvendo para o aspecto positivo da velhice no antigo testamento sendo uma benção, plenitude e comprimento cheio e fecundo dos objetivos da vida. Isso é verdade sobre tudo quanto a velhice dos justos, ou seja, aquele homem que viveu segundo o coração e sonhos de Deus. A autora cita Abrãao que “morreu em uma ditosa velhice aos (175 anos) idosa e cumulada” (Gn 25-8).
Ela aborda a velhice da mulher no antigo testamento com uma nuance especialmente delicada, pois agrega um elemento de extrema seriedade, para o auto respeito desta mulher como pessoa e sua integração na sociedade e na comunidade. Segundo ela, a mulher que não pode mais conceber, ou seja, não pode mais dar filhos ao povo e assim tornar concreta e real sua pertença ao povo eleito e sentir-se e experimentar-se abençoada por Deus.
4.2 A interferência divina na formação de vida
A autora cita algumas mulheres na Bíblia que mesmo na velhice gerou e deu vida, como exemplo ela se reporta a Sara mulher de Abraão que mesmo avançada em idade através de uma interferencia divina deu a luz a uma criança “o filho da promessa”. Ela traz a tona a questão do Deus da Bíblia não medir-se por critérios cronológicos “para ele portanto, a velhice não é o tempo onde a vida se recolhe e não pode mais brilhar”. A autora discreve as peculiaridades do Deus de Israel que se contraz em gerar e fazer brotar os lideres de seu povo dos ventres considerados extintos, para o Deus de Israel a velhice não é impedimento para nada, se quer para nascer.
A autora aborda a velhice dentro de uma pespectiva Bíblica e da teologia cristã, que não significa o fim das pontecialidades e termino do prazer da alegria e da fecundidade. Ela traz uma reflexão onde o segredo de começarem a acontecer coisas surpreendentes e maravilhosas com aqueles para quem a vida parece estar no seu declínio se encontre na capacidade que elas e eles tiveram de deixar-se conduzir por outro, por esse outro que a revelação bíblica é capaz de subverter todas as categorias, fazer os velhos terem sonhos, renascerem quando parecem estar no momento de morrer.
Considerações finais
Ao iniciarmos esse artigo levantamos a seguinte questão: Será que ao longo dos anos, depois de tanto tempo, houve alguma mudança em relação ao idoso no contexto eclesiástico? Sabe-se que, ao longo do tempo, houve mudanças consideráveis no aspecto econômico, político e nas indústrias, já no aspecto eclesiástico que foi abordado não houve muitas mudanças. Com o objetivo de preparar a igreja para a entrada da terceira idade, é necessária e urgente uma formulação nas formas de planejar e implementar as políticas de assistência aos idosos no contexto da igreja. Assim sendo, os resultados obtidos pelas pesquisas demonstram que o idoso é detentor do conhecimento, experiência e visão ampla do mundo, tendo condições de participar do mercado de trabalho e na igreja, contribuindo com sua experiência e conhecimentos acumulados ao longo dos anos.
A missão da igreja com a terceira idade é proporcionar às pessoas com mais de 60 anos um ambiente de convivência e participação, que contribua para uma vida saudável, oferecendo programa que as alcance de forma integral, social e espiritual, proporcionando a oportunidade de formação e fortalecimento de amizades e o desenvolvimento do companheirismo; criar espaços para compartilhar e valorizar experiências vividas e incentivar novos projetos e realizações; resgatar a autoconfiança do seu valor para Deus, para consigo e com o próximo; possibilitar o aprendizado de novas habilidades, manuais e outras, ampliando o interesse pelo mundo à sua volta; desenvolver ações que contribuam para relações familiares mais saudáveis e uma convivência afetiva.
Na sociedade de hoje as pessoas idosas têm sido frequentemente consideradas um dos grupos improdutivos. Por outro lado, dentro das igrejas há uma dificuldade a ser vencida: a inclusão da terceira idade no contexto eclesiástico. Propiciar ao idoso diferentes espaços na sociedade e na igreja requer a humanização de todos e adoção da prática dos bons costumes a partir da nossa história e da valoração da vida em todas as suas etapas.
The rediscovery of a new social configuration: Third Age
Abstract
This paper aims to address the social responsibility of the church in the care of elderly persons and asked if this role is being fulfilled in fact. For this, the literature brought to understand the reality of today on this new segment: The rediscovery of a new social configuration: Seniors, it has shown great relevance in the academic, since it is observed that old age brings with it several challenges: for the individual, to family, church and society. No development of research, said the question of social responsibility which focuses on the duty of the church to the community of old age and was also mentioned the importance of integrating elderly in the church and the incentive to develop the relationship to the household and community surveys showed Christian styles foundation for literature that sheds some light on the reality of these people in the church. Through this research, it raises further discussions to seek improvements in the churches focused on inclusion of people with advanced age, this phenomenon adds gains for both parties.
Keywords: Elderly, Church, Society.
Referências bibliográficas
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COLLINS, Gary R. Aconselhamento cristão. 2 ª ed, São Paulo: Vida Nova, 2004.
SCHIRRMACHER, Frank. A revolução dos idosos. 1 ª ed, Rio de Janeiro: Elsevier Ltda, 2005.
WHITE, Jerry. O cristão na meia idade. 2ª ed, Rio de Janeiro: Juerp, 1991.
Sites
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BERZINS, Marília. Pesquisadora mentora. Disponível em: https://www.portaldoenvelhecimento.org.br/artigos/artigo2798.html>. Acesso em 17/12/2009
BUTLER. Robert Neil. Médico do departamento de geriatria nos Estados Unidos. Disponível em: https://veja.abril.com.br/noticia/saude/envelhecimento-idosos-velhice-bem-estar Acesso em 24/06/2010
BINGEMER, Maria Clara Luchetti. A velhice na Bíblia: algumas pistas para hoje Disponível em : https://www.users.rde.puc-rio.br/agape/vidaacademica/artigo/amai/velhicebiblica. Acesso em 06/11/2008 as 22h30.
CARAMENHA, Paulo. gestor presidente da GFK, Brasil,2005. Disponível em: https://www.gfkcustomresearchbrasil.com/index.pt.html>. Acesso em 13/05/2005
[1] Bacharel em teologia - Faculdade Evangélica de Brasília. Graduada em Teologia- Faculdade Evangélica de Brasília.
[2] AZEVEDO, J. R. Disponível em https://.ficarjovemlevatempo.com.br/exibe_materia.php?codigo=114. Em: 24/07/2010
[3] Disponível em: https://veja.abril.com.br/noticias/saude/envelhecimento-idosos-velhice-bemestar. em: 24/06/2010